O desalinhamento dos eixos visuais, ou seja, o desvio defeituoso dos olhos é chamado de Estrabismo. Quando o desvio é constante, chama-se estrabismo manifesto, quando é detectado apenas através do teste de cobertura ocular, é denominado estrabismo latente. Os estrabismos possuem outras inúmeras formas de classificação, conforme sua constância, lateralidade e direção.
Assim como diferentes classificações, os estrabismos também possuem inúmeras causas e origens, que vão desde o estrabismo congênito até lesões encefálicas, disfunções musculares e nervosas, como as paresias de nervos cranianos, que afetam diretamente a inervação dos músculos oculomotores e seus movimentos.
Os sintomas mais comuns encontrados em pessoas com estrabismo são: visão dupla, confusão visual e desequilíbrio. Entre os prejuízos permanentes do estrabismo sem o tratamento correto, estão a restrição de campo visual e a negligência espacial, ocasionados por um mecanismo de defesa do Sistema Nervoso chamado supressão.
Independente do tipo, causa e dos sintomas apresentados pelo estrabismo, é importante saber que ele só acontece devido a um desequilibro ou restrição entre os músculos que geram o movimento dos olhos. Desta forma, uma avaliação minuciosa dos movimentos dos olhos e dos músculos extraoculares é de extrema importância.
O tratamento funcional do estrabismo é variado, e depende do nível de disfunção e dos sintomas apresentados por cada um. Em estrabismos com preservação mesmo que parcial da mobilidade ocular, sem restrição de movimento estruturada, com músculos extraoculares responsivos, existe uma boa possibilidade de recuperação do alinhamento ocular.
O tratamento fisioterapêutico é baseado em exercícios oculares e posturais, terapia com prisma e terapia manual, e deve ser feito o mais breve possível a partir do início dos sintomas ou do diagnóstico. O trabalho interdisciplinar entre Fisioterapeuta Ocular, Oftalmologista e Optometrista é fundamental para o sucesso.
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