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Efeitos do Exercício Aeróbico em Indivíduos com Doença de Parkinson

Atualizado: 27 de mai. de 2023

A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa progressiva caracterizada por degeneração dos neurônios dopaminérgicos da substância negra. Atualmente, não há tratamento que impeça, retarde ou interrompa os processos neurodegenerativos na DP. Logo, encontrar um tratamento neuroprotetor é uma prioridade para a ciência.


Uma das alternativas neuroprotetoras é o exercício físico, que é capaz de gerar benefícios em muitos sistemas corporais, apresenta poucos riscos e é relativamente barato. Em estudos epidemiológicos, o exercício ao longo da vida demonstrou diminuir o risco de DP. Além disso, outras pesquisas mostraram que exercícios/fisioterapia melhoram muitos sintomas da DP, podendo ainda ter efeitos positivos no estresse oxidativo, que é uma característica proeminente da fisiopatologia desta doença.


Os parâmetros para o exercício físico que até o momento trazem maiores benefícios são a frequência de no mínimo três vezes por semana, com duração de 30 a 40 minutos e intensidade de 60% a 75% da frequência cardíaca máxima.


Estudos demonstram que o grupo que realiza exercício aeróbico em comparação com os grupos, por exemplo, cuidados habituais, alongamento e fortalecimento, obteve declínio motor significativamente reduzido conforme medido pelo exame motor da Parte III da Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson da Sociedade de Distúrbios do Movimento (UPDRS).


Sendo assim, o exercício aeróbico pode ser uma alternativa terapêutica para esta população independentemente do estadiamento da doença, com bom nível de segurança. Em um exemplo prático, andar de bicicleta em vez de caminhar na esteira pode ser uma opção de exercício mais segura para aqueles com alto risco de queda e/ou congelamento da marcha (FOG).


Portanto, uma abordagem multimodal, contendo diversos tipos de exercícios, respeitando a individualidade do paciente, é o mais recomendado na prática clínica da fisioterapia. Por fim, a exploração contínua de exercícios aeróbicos em pessoas com DP é garantida, uma vez que é considerada o principal fator de neuroplasticidade.


Referências:

OSBORNE, J. A. et al. Physical Therapist Management of Parkinson Disease: A Clinical Practice Guideline From the American Physical Therapy Association. Physical Therapy, v. 102, n. 4, p. 1–36, 2022.

LANDERS, M. R. et al. A High-Intensity Exercise Boot Camp for Persons with Parkinson Disease: A Phase II, Pragmatic, Randomized Clinical Trial of Feasibility, Safety, Signal of Efficacy, and Disease Mechanisms. Journal of Neurologic Physical Therapy, v. 43, n. 1, p. 12–25, 2019.




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