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Efeitos da neuromodulação não invasiva no transtorno do espectro autista:

Atualizado: há 11 horas

Atualmente, métodos de Neuromodulação não invasiva, por meio da Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (tDCS) e da Estimulação Magnética Transcraniana (TMS), têm sido utilizados como terapia complementar para promover a neuroplasticidade e tratar disfunções decorrentes do TEA.


As técnicas supracitadas objetivam modular a atividade do sistema nervoso e dentre as áreas encefálicas mais estimuladas nesta população estão as relacionadas com funções cognitivas, comportamentais, motoras e de linguagem.


Os protocolos com uso da neuromodulação duram em torno de 10 a 15 sessões, sendo necessário para sua indicação uma avaliação interdisciplinar, que trace objetivos claros para o tratamento, além da análise criteriosa de resultados pré e pós intervenção para o seu seguimento.


Os estudos com tDCS relatam melhorias significativas nos sintomas e problemas comportamentais e na funcionalidade de pessoas com TEA, especialmente na sociabilidade e na hiperatividade. Já para a TMS, os estudos relatam melhoras significativas na sociabilidade, hiperatividade, irritabilidade, comportamentos repetitivos e compulsivos.


Além disso, para disfunções motoras, há relatos na literatura a respeito da melhora do equilíbrio e demais habilidades motoras. O tDCS pode facilitar mudanças na excitabilidade do córtex motor, melhorando o controle motor. A combinação de estimulação cerebral e exercícios motores parece ser promissora para melhorar o desempenho motor em crianças com TEA.


REFERÊNCIAS:

DJORDJEVIĆ, Mirjana et al. Exercise-Based Interventions Aimed at Improving Balance in Children with Autism Spectrum Disorder: A Meta-Analysis. Perceptual and Motor Skills, v. 129, n. 1, p. 90–119, 2022.

ZHANG, Jiawei; ZHANG, Hao. Effects of non-invasive neurostimulation on autism spectrum disorder: A systematic review. Frontiers in Psychiatry, v. 13, n. 4, p. 527–552, 2022.

SALEHINEJAD, Mohammad Ali et al. A systematic review of randomized controlled trials on efficacy and safety of transcranial direct current stimulation in major neurodevelopmental disorders: ADHD, autism, and dyslexia. Brain and Behavior, v. 12, n. 9, p. 1–21, 2022.




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