Os distúrbios do movimento ocular podem incluir estrabismos, nistagmo e déficit de visão. Estes distúrbios podem acontecer por alterações da função dos músculos dos olhos e/ou dos nervos cranianos que suprem os músculos extraoculares ou, ainda, por danos às áreas cerebrais que contribuem para o controle dos movimentos oculares.
A origem desta disfunção pode ser devido a trauma, cirurgia, acidente vascular cerebral (AVC), tumor cerebral, infecção, inflamação, isquemia e paresias de nervos cranianos.
As principais queixas de pessoas que sofrem com distúrbios do movimento ocular, originadas de lesão cerebral ou não, são: visão dupla, visão borrada, dificuldade de leitura, confusão de imagens, cansaço visual, cefaleia (dor de cabeça) e perda de campo visual.
Estimativas recentes disponíveis para certos tipos de lesão cerebral adquirida sugerem que mais da metade dos sobreviventes de AVC tem deficiência visual e até 68% dos sobreviventes de AVC com sintomas visuais apresentam distúrbios dos movimentos oculares.
Estes déficits geram impactos negativos na vida cotidiana das pessoas acometidas, e causam uma série de dificuldades, inclusive a incapacidade de manter o correto alinhamento ocular ou mover os olhos adequadamente. Além disso, os déficits de função ocular afetam a eficácia da terapia de reabilitação que tem a intenção de recuperar a mobilidade e prejudicam as atividades de vida diárias, a qualidade de vida e a inserção social.
Os exercícios para os olhos, integrados a estratégias de tratamento globais, orientadas por um Fisioterapeuta especializado, são capazes de auxiliar na recuperação da funcionalidade da musculatura ocular. Novas estratégias com a utilização da neuromodulação transcraniana não invasiva surgem como promissoras, principalmente, no que diz respeito à restituição de campo visual e à redução da amplitude de nistagmos.
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