Uma das funções mais importantes do sistema nervoso central é coordenar a postura e o movimento para estabilizar o corpo durante movimentos. Sendo assim, a função do sistema central é fornecer estabilidade suficiente para lidar com as demandas do ambiente, mantendo a postura da coluna vertebral, durante a atividade funcional para suportar as cargas estáticas e dinâmicas impostas pelas tarefas.
Em pacientes pós AVC, a limitação da mobilidade do tronco ocasiona desequilíbrio corporal, o que pode ocasionar, o aumento da espasticidade dos músculos e deficiências no controle motor. O paciente tende a manter uma postura assimétrica, com distribuição de peso menor sobre o lado mais afetado, transferindo o peso corporal para o lado menos afetado. Isso ocorre estando ele sentado ou em pé, passando da posição sentada para a ortostase ou na marcha.
Essa assimetria, a dificuldade em transferir o peso para o lado mais afetado, a espasticidade e a fraqueza muscular interferem na capacidade de manter o controle postural, dificultando a orientação e estabilidade para realizar movimentos funcionais com o tronco e membros. Nesse sentido, estudos recentes revelam que o treinamento do core melhora o equilíbrio estático e dinâmico em pacientes após AVC.
Os estudos sugerem que as técnicas de FNP podem ajudar a facilitar o movimento do tronco. Por meio da estabilidade pélvica é possível melhorar o controle motor, por exemplo, para as trocas de decúbitos, gerando menor gasto energético para desenvolver atividades cotidianas. A pelve fornece suporte para a musculatura central, e é responsável pela manutenção da estabilidade da coluna, além de auxiliar na transferência de forças para a execução da marcha.
Referências:
CABRERA-MARTOS, I. et al. The Effectiveness of Core Exercising for Postural Control in Patients with Stroke: A Systematic Review and Meta-Analysis. PM and R, v. 12, n. 11, p. 1157–1168, 2020.
SHARMA, V.; KAUR, J. Effect of core strengthening with pelvic proprioceptive neuromuscular facilitation on trunk, balance, gait, and function in chronic stroke. Journal of Exercise Rehabilitation, v. 13, n. 2, p. 200–205, 2017.
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